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Abordagens Psicopedagógicas
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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Comissão aprova tratamento de dislexia e TDAH
para estudantes
16/12/2010 12:56
Extraído de: Câmara dos Deputados - 7 horas atrás
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou na quarta-feira (15) o Projeto de Lei 7081/10, do Senado, que obriga o Poder Público a manter programa de diagnóstico e tratamento de dislexia e de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) para estudantes do ensino básico.
A relatora, deputada Rita Camata (PSDB-ES), recomendou a aprovação da proposta, na forma de substitutivo que inclui no programa a identificação precoce dessas doenças e atendimento educacional especializado para os estudantes portadores de dislexia e TDAH.
De acordo com o texto aprovado, as escolas deverão assegurar a esses alunos recursos pedagógicos e didáticos adequados para a sua aprendizagem. O atendimento educacional deverá ser oferecido em salas de aula do ensino regular e poderá ser complementado em salas de recursos multifuncionais, caso necessário.
Equipe multidisciplinar
O texto aprovado ainda prevê que o programa deverá ser implementado por equipes multidisciplinares, que incluirão educadores, psicólogos, médicos, fonoaudiólogos e especialistas em psicopedagogia. As escolas também deverão garantir aos professores do ensino básico cursos de capacitação para a identificação precoce dos transtornos e para o atendimento educacional adequado.
Doenças
A dislexia é um transtorno de aprendizagem de leitura crônico, de origem neurobiológica. É o distúrbio de maior incidência nas salas de aula e atinge entre 5% e 17% da população mundial, segundo a Associação Brasileira de Dislexia. Já o TDAH se caracteriza por sinais claros e repetitivos de desatenção, inquietude e impulsividade, mesmo quando o paciente tenta não mostrá-lo.
"Tanto o TDAH quanto a dislexia podem gerar prejuízos envolvendo a vida social, familiar, afetiva, acadêmica e profissional", afirma a relatora. "Sabe-se que o diagnóstico precoce pode facilitar a escolha de estratégias adequadas para viabilizar a aprendizagem e o bom rendimento do aluno", complementa Camata.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisada pelas comissões de Educação e Cultura; Finanças e Tributação e Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta:
PL-7081/2010
Reportagem - Lara Haje
Edição – Paulo Cesar Santos
[http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/SAUDE/191912-COMISSAO-APROVA-TRATAMENTO-DE-DISLEXIA-E-TDAH-PARA-ESTUDANTES.html]
para estudantes
16/12/2010 12:56
Extraído de: Câmara dos Deputados - 7 horas atrás
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou na quarta-feira (15) o Projeto de Lei 7081/10, do Senado, que obriga o Poder Público a manter programa de diagnóstico e tratamento de dislexia e de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) para estudantes do ensino básico.
A relatora, deputada Rita Camata (PSDB-ES), recomendou a aprovação da proposta, na forma de substitutivo que inclui no programa a identificação precoce dessas doenças e atendimento educacional especializado para os estudantes portadores de dislexia e TDAH.
De acordo com o texto aprovado, as escolas deverão assegurar a esses alunos recursos pedagógicos e didáticos adequados para a sua aprendizagem. O atendimento educacional deverá ser oferecido em salas de aula do ensino regular e poderá ser complementado em salas de recursos multifuncionais, caso necessário.
Equipe multidisciplinar
O texto aprovado ainda prevê que o programa deverá ser implementado por equipes multidisciplinares, que incluirão educadores, psicólogos, médicos, fonoaudiólogos e especialistas em psicopedagogia. As escolas também deverão garantir aos professores do ensino básico cursos de capacitação para a identificação precoce dos transtornos e para o atendimento educacional adequado.
Doenças
A dislexia é um transtorno de aprendizagem de leitura crônico, de origem neurobiológica. É o distúrbio de maior incidência nas salas de aula e atinge entre 5% e 17% da população mundial, segundo a Associação Brasileira de Dislexia. Já o TDAH se caracteriza por sinais claros e repetitivos de desatenção, inquietude e impulsividade, mesmo quando o paciente tenta não mostrá-lo.
"Tanto o TDAH quanto a dislexia podem gerar prejuízos envolvendo a vida social, familiar, afetiva, acadêmica e profissional", afirma a relatora. "Sabe-se que o diagnóstico precoce pode facilitar a escolha de estratégias adequadas para viabilizar a aprendizagem e o bom rendimento do aluno", complementa Camata.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisada pelas comissões de Educação e Cultura; Finanças e Tributação e Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta:
PL-7081/2010
Reportagem - Lara Haje
Edição – Paulo Cesar Santos
[http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/SAUDE/191912-COMISSAO-APROVA-TRATAMENTO-DE-DISLEXIA-E-TDAH-PARA-ESTUDANTES.html]
Características do Tipo Combinado
Apresenta as características combinadas de desatenção, hiperatividade e impulsividade.
http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/tipos/combinado.html
http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/tipos/combinado.html
TDAH - Tipo Hiperativo-Impulsivo
Inquietação – mexer as mãos e/ou pés quando sentado, musculatura tensa, com dificuldade em ficar parado num lugar por muito tempo. Costuma ser o “dono” do controle remoto.
Faz várias coisas ao mesmo tempo, está sempre a mil por hora, em busca de novidades, de estímulos fortes. Detesta o tédio.
Consegue ler, assistir televisão e ouvir música ao mesmo tempo. Muitas vezes é visto como imaturo, insaciável.
Pode falar, comer, comprar,... compulsivamente e/ou sobrecarregar-se no trabalho. Muitos acabam estressados, ansiosos e impacientes: são os workaholics.
Tendência ao vício: álcool, drogas, jogos, Internet e salas de bate papo...
Interrompe a fala do(s) outro(s); sua impaciência faz com que responda perguntas antes mesmo de serem concluídas.
Costuma ser prolixo ao falar, perde sua objetividade em mil detalhes, sem perceber como se comunica. No entanto, não tem a menor paciência em ouvir alguém como ele, sem dar-se conta que é igual.
Baixo nível de tolerância: não sabe lidar com frustrações, com erros (nem os seus, nem dos outros). Muitas vezes sente raiva e se recolhe.
Baixo nível de tolerância: não sabe lidar com frustrações, com erros (nem os seus, nem dos outros). Muitas vezes sente raiva e se recolhe.
Impaciência: não suporta esperar ou aguardar por algo: filas, telefonemas, atendimento em lojas, restaurantes..., quer tudo para “ontem”.
Instabilidade de humor: ora está ótimo, ora está péssimo, sem que precise de motivo sério para isso. Os fatores podem ser externos ou internos, uma vez que costuma estar em eterno conflito.
Dificuldade em expressar-se: muitas vezes as palavras e a fala não acompanham a velocidade da sua mente. Muitos quando estão em grupo, falam sem parar sem se dar conta que outras pessoas gostariam de emitir opiniões, fazer colocações e o que deveria ser um diálogo, transforma-se num monólogo que só interessa a quem está falando.
http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/tipos/hiperativo_impulsivo.html
Faz várias coisas ao mesmo tempo, está sempre a mil por hora, em busca de novidades, de estímulos fortes. Detesta o tédio.
Consegue ler, assistir televisão e ouvir música ao mesmo tempo. Muitas vezes é visto como imaturo, insaciável.
Pode falar, comer, comprar,... compulsivamente e/ou sobrecarregar-se no trabalho. Muitos acabam estressados, ansiosos e impacientes: são os workaholics.
Tendência ao vício: álcool, drogas, jogos, Internet e salas de bate papo...
Interrompe a fala do(s) outro(s); sua impaciência faz com que responda perguntas antes mesmo de serem concluídas.
Costuma ser prolixo ao falar, perde sua objetividade em mil detalhes, sem perceber como se comunica. No entanto, não tem a menor paciência em ouvir alguém como ele, sem dar-se conta que é igual.
Baixo nível de tolerância: não sabe lidar com frustrações, com erros (nem os seus, nem dos outros). Muitas vezes sente raiva e se recolhe.
Baixo nível de tolerância: não sabe lidar com frustrações, com erros (nem os seus, nem dos outros). Muitas vezes sente raiva e se recolhe.
Impaciência: não suporta esperar ou aguardar por algo: filas, telefonemas, atendimento em lojas, restaurantes..., quer tudo para “ontem”.
Instabilidade de humor: ora está ótimo, ora está péssimo, sem que precise de motivo sério para isso. Os fatores podem ser externos ou internos, uma vez que costuma estar em eterno conflito.
Dificuldade em expressar-se: muitas vezes as palavras e a fala não acompanham a velocidade da sua mente. Muitos quando estão em grupo, falam sem parar sem se dar conta que outras pessoas gostariam de emitir opiniões, fazer colocações e o que deveria ser um diálogo, transforma-se num monólogo que só interessa a quem está falando.
http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/tipos/hiperativo_impulsivo.html
TDAH - Tipo Desatento
Desvia facilmente a atenção do que está fazendo e comete erros por prestar pouca atenção a detalhes. Muitas vezes distrai-se com seus próprios devaneios ou então um simples estímulo externo tira a pessoa do que está fazendo.
Dificuldade de concentração em palestras, aulas, leitura de livros... (dificilmente termina um livro, a não ser que o interesse muito).
Às vezes parece não ouvir quando o chamam (muitas vezes é interpretado como egoísta, desinteressado...)
Durante uma conversa pode distrair-se e prestar atenção em outras coisas, principalmente quando está em grupos. Às vezes capta apenas partes do assunto; outras, enquanto “ouve” já está pensando em outra coisa e interrompe a fala do outro.
Relutância em iniciar tarefas que exijam longo esforço mental.
Dificuldade em seguir instruções, em iniciar, completar e só então, mudar de tarefa(muitas vezes é visto como irresponsável).
http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/tipos/desatento.html
Dificuldade de concentração em palestras, aulas, leitura de livros... (dificilmente termina um livro, a não ser que o interesse muito).
Às vezes parece não ouvir quando o chamam (muitas vezes é interpretado como egoísta, desinteressado...)
Durante uma conversa pode distrair-se e prestar atenção em outras coisas, principalmente quando está em grupos. Às vezes capta apenas partes do assunto; outras, enquanto “ouve” já está pensando em outra coisa e interrompe a fala do outro.
Relutância em iniciar tarefas que exijam longo esforço mental.
Dificuldade em seguir instruções, em iniciar, completar e só então, mudar de tarefa(muitas vezes é visto como irresponsável).
http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/tipos/desatento.html
50 dicas para administração da Hiperatividade em Sala de Aula
Elaborado por: Edward M. Hallowell & John J. Ratey em 1992
CH ADD National Office
499, Northwest 70 th Avenue, suite 101
Plantation, Florida 33317
(0800) 233 40-50
Internet: http://www.chadd.org
Tradução: Luiz Henrique (031) 411 50-57
Cleber Canabrava Amaral
Os professores sabem o que muitos profissionais não sabem: não existe apenas uma única síndrome de Hiperatividade, mas muitas; que a hiperatividade raramente ocorre de uma forma “pura” mas, ao contrário, normalmente apresenta-se ligada a muitos outros problemas como dificuldade de aprendizado ou mal humor ; que HIPERATIVIDADE muda conforme o clima, é inconstante e imprevisível; e que o tratamento para HIPERATIVIDADE, a respeito de ser claramente esclarecido em vários livros, representa uma dura missão de trabalho e devoção.
Não há uma solução fácil para administrar HIPERATIVIDADE na sala de aula ou em casa. Depois de tudo é feito, a eficácia de qualquer tratamento deste problema na escola depende do conhecimento e da persistência da escola e do professor.
Aqui apresentamos algumas dicas para o trato de crianças com HIPERATIVIDADE na escola.
As sugestões a seguir visam o professor na sala de aula para crianças de qualquer idade. Algumas sugestões vão ser evidentemente mais adequadas às crianças menores, outras às mais velhas,mas em termos de estrutura, educação e encorajamento, são pertinentes a qualquer um.
01 - Antes de tudo, tenha certeza de que o que você está lidando é HIPERATIVIDADE. Definitivamente não é tarefa dos professores diagnosticar a HIPERATIVIDADE, mas você pode e deve questionar. Especificamente tenha certeza de alguém tenha testado a audição e a visão da criança recentemente e tenha certeza também de que outros problemas médicos tenham sido resolvidos. Tenha certeza de que uma avaliação adequada foi feita. Continue questionando até que se sinta convencido. A responsabilidade disso tudo é dos pais e não dos professores, mas o professor pode contribuir para o processo.
02 - Segundo, prepare-se para suportar. Ser uma professora na sala de aula onde há duas ou três crianças com HIPERATIVIDADE pode ser extremamente cansativo. Tenha certeza de que você pode tem o apoio da escola e dos pais. Tenha certeza de que há uma pessoa com conhecimento á qual você possa consultar quando tiver um problema (pedagogo, psicólogo infantil, assistente social, psicólogo da escola ou pediatra) mas a formação da pessoa não é realmente importante. O que importa é que ele ou ela conheça muito sobre HIPERATIVIDADE, conheça os recursos de uma sala de aula e possa falar com clareza. Tenha certeza de que os pais estão trabalhando com você. Tenha certeza de que os colegas podem ajudar você.
03 - Conheça seus limites. Não tenha medo de pedir ajuda. Você, como professor, não pode querer ser uma especialista em HIPERATIVIDADE. Você deve sentir-se confortável em pedir ajuda quando achar necessário.
04 - PERGUNTE À CRIANÇA O QUE PODE AJUDAR
Estas crianças são sempre muito intuitivas. elas sabem dizer a forma mais fácil de aprender, se você perguntar. Elas ficam normalmente temerosas em oferecer informação voluntariamente porque isto pode ser algo muito ousado ou extravagante. Mas tente o sentar sozinho com a criança e perguntar a ela como ela pode aprender melhor. O melhor especialista para dizer como a criança aprende é a própria criança. É assustadora a freqüência com que suas opiniões são ignoradas ou não são solicitadas. Além do mais, especialmente com crianças mais velhas, tenha certeza de que ela entende o que é HIPERATIVIDADE. Isto vai ajudar muito a vocês dois.
05 - Lembre-se de que as crianças com HIPERATIVIDADE necessitam de estruturação. Elas precisam estruturar o ambiente externo, já que não podem se estruturar internamente por isso mesmos. Faça listas. Crianças com HIPERATIVIDADE se beneficiam enormemente quando têm uma tabela ou lista para consultar quando se perdem no que estão fazendo. Elas necessitam de algo para fazê-las lembrar das coisas. Eles necessitam de previsões. Eles necessitam de repetições. Elas necessitam de diretrizes. Elas precisam de limites. Elas precisam de organização.
06 - LEMBRE-SE DA PARTE EMOCIONAL DO APRENDIZADO
Estas crianças necessitam de um apoio especial para encontrar prazer na sala de aula. Domínio ao invés de falhas e frustrações. Excitação ao invés de tédio e medo. É essencial prestar atenção ás emoções envolvidas no processo de aprendizagem.
07 - Estabeleça regras. Tenha-as por escrito e fáceis de serem lidas. As crianças se sentirão seguras sabendo o que é esperado delas.
08 - Repita as diretrizes. Escreva as diretrizes. Fale das diretrizes. Repita as diretrizes. Pessoas com HIPERATIVIDADE necessitam ouvir as coisas mais de uma vez.
09 - Olhe sempre nos olhos. Você pode “trazer de volta” uma criança HIPERATIVIDADE através dos olhos nos olhos. Faça isto sempre. Um olhar pode tirar uma criança do seu devaneio ou dar-lhe liberdade para fazer uma pergunta ou apenas dar-lhe segurança silenciosamente.
10 - Na sala de aula coloque a criança sentada próxima à sua mesa ou próxima de onde você fica a maior parte do tempo. Isto ajuda a evitar a distração que prejudica tanto estas crianças.
11 - Estabeleça limites, fronteiras. Isto deve ser devagar e com calma, não de modo punitivo. Faça isto consistentemente, previamente, imediatamente e honestamente. Não seja complicado, falando sem parar. Estas discussões longas são apenas diversão. Seja firme.
12 - Preveja o máximo que puder. Coloque o plano no quadro ou na mesa da criança. Fale dele frequentemente. Se você for alterá-lo, como fazem os melhores professores, faça muitos avisos e prepare a criança. Alterações e mudanças sem aviso prévio são muito difíceis para estas crianças. Elas perdem a noção das coisas. Tenha um cuidado especial e prepare as
mudanças com a maior antecedência possível. Avise o que vai acontecer e repita os avisos à medida em que a hora for se aproximando.
13 - Tente ajudar às crianças a fazerem a própria programação para depois da aula, esforçando-se para evitar um dos maiores problemas do HIPERATIVIDADE: a procrastinação.
14 - Elimine ou reduza a freqüência dos testes de tempo. Não há grande valor educacional nos testes de tempo e eles definitivamente não possibilitam às crianças HIPERATIVIDADE mostrarem o que sabem.
15 - Propicie uma espécie de válvula de escape como, por exemplo, sair da sala de aula por alguns instantes. Se isto puder ser feito dentro das regras da escola, poderá permitir à criança deixar a sala de aula ao invés de se desligar dela e, fazendo isto, começa a aprender importantes meio de auto-observação auto-monitoramento.
16 - Procure a qualidade ao invés de quantidade dos deveres de casa. Crianças HIPERATIVIDADE frequentemente necessitam de uma carga reduzida. Enquanto estão aprendendo os conceitos, elas dever ser livres. Elas vão utilizar o mesmo tempo de estudo e não vão produzir nem mais nem menos do que elas podem.
17 - Monitore o progresso frequentemente. Crianças HIPERATIVIDADE se beneficiam enormemente com o freqüente retorno do seu resultado. Isto ajuda a mantê-los na linha, possibilita a eles saber o que é esperado e se eles estão atingindo as suas metas, e pode ser muito encorajador.
18 - Divida as grandes tarefas em tarefas menores. Esta é uma das mais importantes técnicas de ensino das crianças HIPERATIVIDADE. Grandes tarefas abafam rapidamente as crianças e elas recuam a uma resposta emocional do tipo eu nunca vou ser capaz de fazer isto. Através da divisão de tarefas em tarefas mais simples, cada parte pequena o suficiente para ser facilmente trabalhada, a criança foge da sensação de abafado. Em geral estas crianças podem fazer muito mais do que elas pensam. Pela divisão de tarefas o professor pode permitir à criança que demonstre a si mesma a sua capacidade. Com as crianças menores isto pode ajudar muito a evitar acessos de fúria pela frustração antecipada. E com os mais velhos, pode ajudar as atitudes provocadoras que elas têm frequentemente. E isto vai ajudar de muitas outras maneiras também. Você deve fazer isto durante todo o tempo.
19 - Permita-se brincar, divertir. Seja extravagante, não seja normal. Faça do seu dia uma novidade. Crianças HIPERATIVIDADE adoram novidades. Elas respondem às novidades com entusiasmo. Isto ajuda a manter a atenção - tanto a delas quanto a sua. Estas crianças são cheias de vida, elas adoram brincar. E acima de tudo, elas detestam ser molestadas. Muitos dostratam entos para elas envolvem coisas chatas como estruturas, programas, listas e regras. Você deve mostrar a elas que estas coisas não estão necessariamente ligadas às pessoas, professores ou aulas chatas. Se você, às vezes, se fizer debobo poderá ajudar muito.
20 - Novamente, cuidado com a superestimulação. Como um barro de vaso no forno, a criança pode ser queimada. Você tem que estar preparado para reduzir o calor. A melhor maneira de lidar com os caos na sala de aula é, em primeiro lugar, a prevenção.
21 - Esforce-se e não se dê satisfeito, tanto quanto puder. Estas crianças convivem com o fracasso, e precisam de tudo de positivo que você puder oferecer. O fracasso não pode ser super - enfatizado: estas crianças precisam e se beneficiam com os elogios. Elas adoram o encorajamento. Elas absorvem e crescem com isto. E sem isto elas retrocedem e murcham. Frequentemente o mais devastador aspecto da HIPERATIVIDADE, não é HIPERATIVIDADE propriamente dita e sim o prejuízo à auto-estima. Então, alimente estas crianças com encorajamento e elogios.
22 - A memória é frequentemente um problema para eles. Ensine a eles pequenas coisas como neumônicos, cartão de lembretes, etc. Eles normalmente têm problemas com o que Mel Levine chama de Memória do Trabalho Ativa, o espaço disponível no quadro da sua mente, por assim dizer. Qualquer coisa que você inventar - rimas, códigos, dicas - pode ajudar muito a aumentar a memória.
23 - Use resumos. Ensine resumido. Ensine sem profundidade. Estas técnicas não são fáceis para crianças HIPERATIVIDADE, mas, uma vez aprendidas, podem ajudar muito as crianças a estruturar e moldar o que está sendo ensinado, do jeito que é ensinado. Isto vai ajudar a dar à criança o sentimento de domínio durante o processo de aprendizagem, que é o que elas precisam, e não a pobre sensação de futilidade que muitas vezes definem a emoção do processo de aprendizagem destas crianças.
24 - Avise sobre o que vai falar antes de falar. Fale. Então fale sobre o que já falou. Já que muitas crianças com HIPERATIVIDADE aprendem melhor visualmente do que pela voz, se você puder escrever o que será falado e como será falado, isto poderá ser de muita ajuda. Este tipo de estruturação põe as idéias no lugar.
25 - Simplifique as instruções. Simplifique as opções. Simplifique a programação. O palavreado mais simples será mais facilmente compreendido. E use uma linguagem colorida. Assim como as cores, a linguagem colorida prende atenção.
26 - Acostume-se a dar retorno, o que vai ajudar a criança a se tornar-se auto-observadora. Crianças com HIPERATIVIDADE tendem a não ser auto-observadora. Elas normalmente não têm idéia de como vão ou como têm se comportado. Tente informá-las de modo construtivo. Faça perguntas como: Você sabe o que fez? ou Como você acha que poderia ter dito isto de maneira diferente? ou Você acha que aquela menina ficou triste quando você disse o que disse?. Faça perguntas que promovam a auto-observação.
27 - Mostre as expectativas explicitamente.
28 - Um sistema de pontos é uma possibilidade de mudar parte do comportamento (sistema de recompensa para as crianças menores). Crianças com HIPERATIVIDADE respondem muito bem às recompensas e incentivos. Muitas delas são pequenos empreendedores.
29 - Se a crianças parece ter problemas com as dicas sociais - linguagem do corpo, tom de voz, etc - tente discretamente oferecer sinais específicos e explícitos, como uma espécie de treinamento social. Por exemplo, diga antes de contar a sua história, procure ouvir primeiro a de outroso u olhe para a pessoa enquanto ela está falando. Muitas crianças com HIPERATIVIDADE são vistas como indiferentes ou egocêntricas, quando de fato elas apenas não aprenderam a interagir. Esta habilidade não vem naturalmente em todas as crianças, mas pode ser ensinada ou treinada.
30 - Aplique testes de habilidades.
31 - Faça a criança se sentir envolvida nas coisas. Isto vai motivá-la e a motivação ajuda o HIPERATIVIDADE.
32 - Separe pares ou trios ou até mesmo grupos inteiros de crianças que não se dão bem juntas. Você deverá fazer muitos arranjos.
33 - Fique atento à integração. Estas crianças precisam se sentir enturmadas, integradas. Tão logo se sintam enturmadas, se sentirão motivadas e ficarão mais sintonizadas.
34 - Sempre que possível, devolva as responsabilidades à criança.
35 - Experimente um caderno escola - casa - escola. Isto pode contribuir realmente para a comunicação pais - professores e evitar reuniões de crises. Isto ajuda ainda o freqüente retorno de informação que a criança precisa.
36 - Tente utilizar relatórios diários de avaliação.
37 - Incentive uma estrutura do tipo auto-avaliação. Troca de idéias depois da aula pode ajudar. Utilize também os intervalos de aula.
38 - Prepare-se para imprevistos. Estas crianças necessitam saber com antecedência o que vai acontecer, de modo que elas possam se preparar. Se elas, de repente, se encontram num imprevisto, isto pode evitar excitação e inquietos.
39 - Elogios, firmeza, aprovação, encorajamento e suprimento de sentimentos positivos.
40 - Com as crianças mais velhas, faça com que escrevam pequenas notas para eles mesmos, para lembrá-los das coisas. Essencialmente, eles anotam não apenas o que é dito a eles mais também o que eles pensam. Isto pode ajudá-los a ouvir melhor.
41 - Escrever à mão às vezes é muito difícil paras estas crianças. Desenvolva alternativas.
Ensine como utilizar teclados. faça ditados. Aplique testes orais.
42 - Seja como um maestro: tenha a atenção da orquestra antes de começar. Você pode utilizar do silêncio ou bater o seu giz ou régua para fazer isto. Mantenha a turma atenta, apontando diferentes partes da sala como se precisasse da ajuda deles.
43 - Sempre que possível, prepare para que cada aluno tenha um companheiro de estudo para cada tema, se possível com o número do telefone (adaptado de Gary Smith).
44 - Explique e dê o tratamento normal a fim de evitar um estigma.
45 - Reuna com os pais frequentemente. Evite o velho sistema de se reunir apenas para resolver crises ou problemas.
46 - Incentive a leitura em voz alta em casa. Ler em voz alta na sala de aula tanto quanto for possível. Faça a criança recontar estórias. Ajude a criança a falar por tópicos.
47 - Repetir, repetir, repetir.
48 - Exercícios físicos. Um dos melhores tratamentos para HIPERATIVIDADE, adultos ou crianças, é o exercício físico. Exercícios pesados, de preferência. Ginástica ajuda a liberar o excesso de energia, ajuda a concentrar a atenção, estimula certos hormônios e neurônios que são benéficos. E ainda é divertido. Assegure-se de que o exercício seja realmente divertido, porque deste modo a criança continuará fazendo para o resto da vida.
49 - Com os mais velhos a preparação para a aula deve ser feita antes de entrar na sala. A melhor idéia é que a criança já saiba o que vai ser discutido em um certo dia e o material que provavelmente será utilizado.
50 - Esteja sempre atento às dicas do momento. Estas crianças são muitos mais talentosas e artísticas do que parecem. Elas são cheias de criatividade, alegria, espontaneidade e bom humor. Elas tendem a ser resistentes, sempre agarradas ao passado. Elas tendem a ser generosas de espírito, felizes de poder ajudar alguém. Elas normalmente têm algo especial que engrandece qualquer coisa em que estão envolvidas.
Lembre-se de que no meio do barulho existe uma sinfonia, uma sinfonia que precisa ser escrita.
http://www.scribd.com/50-dicas-de-como-lidar-com-a-hiperatividade/d/3420207
CH ADD National Office
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Plantation, Florida 33317
(0800) 233 40-50
Internet: http://www.chadd.org
Tradução: Luiz Henrique (031) 411 50-57
Cleber Canabrava Amaral
Os professores sabem o que muitos profissionais não sabem: não existe apenas uma única síndrome de Hiperatividade, mas muitas; que a hiperatividade raramente ocorre de uma forma “pura” mas, ao contrário, normalmente apresenta-se ligada a muitos outros problemas como dificuldade de aprendizado ou mal humor ; que HIPERATIVIDADE muda conforme o clima, é inconstante e imprevisível; e que o tratamento para HIPERATIVIDADE, a respeito de ser claramente esclarecido em vários livros, representa uma dura missão de trabalho e devoção.
Não há uma solução fácil para administrar HIPERATIVIDADE na sala de aula ou em casa. Depois de tudo é feito, a eficácia de qualquer tratamento deste problema na escola depende do conhecimento e da persistência da escola e do professor.
Aqui apresentamos algumas dicas para o trato de crianças com HIPERATIVIDADE na escola.
As sugestões a seguir visam o professor na sala de aula para crianças de qualquer idade. Algumas sugestões vão ser evidentemente mais adequadas às crianças menores, outras às mais velhas,mas em termos de estrutura, educação e encorajamento, são pertinentes a qualquer um.
01 - Antes de tudo, tenha certeza de que o que você está lidando é HIPERATIVIDADE. Definitivamente não é tarefa dos professores diagnosticar a HIPERATIVIDADE, mas você pode e deve questionar. Especificamente tenha certeza de alguém tenha testado a audição e a visão da criança recentemente e tenha certeza também de que outros problemas médicos tenham sido resolvidos. Tenha certeza de que uma avaliação adequada foi feita. Continue questionando até que se sinta convencido. A responsabilidade disso tudo é dos pais e não dos professores, mas o professor pode contribuir para o processo.
02 - Segundo, prepare-se para suportar. Ser uma professora na sala de aula onde há duas ou três crianças com HIPERATIVIDADE pode ser extremamente cansativo. Tenha certeza de que você pode tem o apoio da escola e dos pais. Tenha certeza de que há uma pessoa com conhecimento á qual você possa consultar quando tiver um problema (pedagogo, psicólogo infantil, assistente social, psicólogo da escola ou pediatra) mas a formação da pessoa não é realmente importante. O que importa é que ele ou ela conheça muito sobre HIPERATIVIDADE, conheça os recursos de uma sala de aula e possa falar com clareza. Tenha certeza de que os pais estão trabalhando com você. Tenha certeza de que os colegas podem ajudar você.
03 - Conheça seus limites. Não tenha medo de pedir ajuda. Você, como professor, não pode querer ser uma especialista em HIPERATIVIDADE. Você deve sentir-se confortável em pedir ajuda quando achar necessário.
04 - PERGUNTE À CRIANÇA O QUE PODE AJUDAR
Estas crianças são sempre muito intuitivas. elas sabem dizer a forma mais fácil de aprender, se você perguntar. Elas ficam normalmente temerosas em oferecer informação voluntariamente porque isto pode ser algo muito ousado ou extravagante. Mas tente o sentar sozinho com a criança e perguntar a ela como ela pode aprender melhor. O melhor especialista para dizer como a criança aprende é a própria criança. É assustadora a freqüência com que suas opiniões são ignoradas ou não são solicitadas. Além do mais, especialmente com crianças mais velhas, tenha certeza de que ela entende o que é HIPERATIVIDADE. Isto vai ajudar muito a vocês dois.
05 - Lembre-se de que as crianças com HIPERATIVIDADE necessitam de estruturação. Elas precisam estruturar o ambiente externo, já que não podem se estruturar internamente por isso mesmos. Faça listas. Crianças com HIPERATIVIDADE se beneficiam enormemente quando têm uma tabela ou lista para consultar quando se perdem no que estão fazendo. Elas necessitam de algo para fazê-las lembrar das coisas. Eles necessitam de previsões. Eles necessitam de repetições. Elas necessitam de diretrizes. Elas precisam de limites. Elas precisam de organização.
06 - LEMBRE-SE DA PARTE EMOCIONAL DO APRENDIZADO
Estas crianças necessitam de um apoio especial para encontrar prazer na sala de aula. Domínio ao invés de falhas e frustrações. Excitação ao invés de tédio e medo. É essencial prestar atenção ás emoções envolvidas no processo de aprendizagem.
07 - Estabeleça regras. Tenha-as por escrito e fáceis de serem lidas. As crianças se sentirão seguras sabendo o que é esperado delas.
08 - Repita as diretrizes. Escreva as diretrizes. Fale das diretrizes. Repita as diretrizes. Pessoas com HIPERATIVIDADE necessitam ouvir as coisas mais de uma vez.
09 - Olhe sempre nos olhos. Você pode “trazer de volta” uma criança HIPERATIVIDADE através dos olhos nos olhos. Faça isto sempre. Um olhar pode tirar uma criança do seu devaneio ou dar-lhe liberdade para fazer uma pergunta ou apenas dar-lhe segurança silenciosamente.
10 - Na sala de aula coloque a criança sentada próxima à sua mesa ou próxima de onde você fica a maior parte do tempo. Isto ajuda a evitar a distração que prejudica tanto estas crianças.
11 - Estabeleça limites, fronteiras. Isto deve ser devagar e com calma, não de modo punitivo. Faça isto consistentemente, previamente, imediatamente e honestamente. Não seja complicado, falando sem parar. Estas discussões longas são apenas diversão. Seja firme.
12 - Preveja o máximo que puder. Coloque o plano no quadro ou na mesa da criança. Fale dele frequentemente. Se você for alterá-lo, como fazem os melhores professores, faça muitos avisos e prepare a criança. Alterações e mudanças sem aviso prévio são muito difíceis para estas crianças. Elas perdem a noção das coisas. Tenha um cuidado especial e prepare as
mudanças com a maior antecedência possível. Avise o que vai acontecer e repita os avisos à medida em que a hora for se aproximando.
13 - Tente ajudar às crianças a fazerem a própria programação para depois da aula, esforçando-se para evitar um dos maiores problemas do HIPERATIVIDADE: a procrastinação.
14 - Elimine ou reduza a freqüência dos testes de tempo. Não há grande valor educacional nos testes de tempo e eles definitivamente não possibilitam às crianças HIPERATIVIDADE mostrarem o que sabem.
15 - Propicie uma espécie de válvula de escape como, por exemplo, sair da sala de aula por alguns instantes. Se isto puder ser feito dentro das regras da escola, poderá permitir à criança deixar a sala de aula ao invés de se desligar dela e, fazendo isto, começa a aprender importantes meio de auto-observação auto-monitoramento.
16 - Procure a qualidade ao invés de quantidade dos deveres de casa. Crianças HIPERATIVIDADE frequentemente necessitam de uma carga reduzida. Enquanto estão aprendendo os conceitos, elas dever ser livres. Elas vão utilizar o mesmo tempo de estudo e não vão produzir nem mais nem menos do que elas podem.
17 - Monitore o progresso frequentemente. Crianças HIPERATIVIDADE se beneficiam enormemente com o freqüente retorno do seu resultado. Isto ajuda a mantê-los na linha, possibilita a eles saber o que é esperado e se eles estão atingindo as suas metas, e pode ser muito encorajador.
18 - Divida as grandes tarefas em tarefas menores. Esta é uma das mais importantes técnicas de ensino das crianças HIPERATIVIDADE. Grandes tarefas abafam rapidamente as crianças e elas recuam a uma resposta emocional do tipo eu nunca vou ser capaz de fazer isto. Através da divisão de tarefas em tarefas mais simples, cada parte pequena o suficiente para ser facilmente trabalhada, a criança foge da sensação de abafado. Em geral estas crianças podem fazer muito mais do que elas pensam. Pela divisão de tarefas o professor pode permitir à criança que demonstre a si mesma a sua capacidade. Com as crianças menores isto pode ajudar muito a evitar acessos de fúria pela frustração antecipada. E com os mais velhos, pode ajudar as atitudes provocadoras que elas têm frequentemente. E isto vai ajudar de muitas outras maneiras também. Você deve fazer isto durante todo o tempo.
19 - Permita-se brincar, divertir. Seja extravagante, não seja normal. Faça do seu dia uma novidade. Crianças HIPERATIVIDADE adoram novidades. Elas respondem às novidades com entusiasmo. Isto ajuda a manter a atenção - tanto a delas quanto a sua. Estas crianças são cheias de vida, elas adoram brincar. E acima de tudo, elas detestam ser molestadas. Muitos dostratam entos para elas envolvem coisas chatas como estruturas, programas, listas e regras. Você deve mostrar a elas que estas coisas não estão necessariamente ligadas às pessoas, professores ou aulas chatas. Se você, às vezes, se fizer debobo poderá ajudar muito.
20 - Novamente, cuidado com a superestimulação. Como um barro de vaso no forno, a criança pode ser queimada. Você tem que estar preparado para reduzir o calor. A melhor maneira de lidar com os caos na sala de aula é, em primeiro lugar, a prevenção.
21 - Esforce-se e não se dê satisfeito, tanto quanto puder. Estas crianças convivem com o fracasso, e precisam de tudo de positivo que você puder oferecer. O fracasso não pode ser super - enfatizado: estas crianças precisam e se beneficiam com os elogios. Elas adoram o encorajamento. Elas absorvem e crescem com isto. E sem isto elas retrocedem e murcham. Frequentemente o mais devastador aspecto da HIPERATIVIDADE, não é HIPERATIVIDADE propriamente dita e sim o prejuízo à auto-estima. Então, alimente estas crianças com encorajamento e elogios.
22 - A memória é frequentemente um problema para eles. Ensine a eles pequenas coisas como neumônicos, cartão de lembretes, etc. Eles normalmente têm problemas com o que Mel Levine chama de Memória do Trabalho Ativa, o espaço disponível no quadro da sua mente, por assim dizer. Qualquer coisa que você inventar - rimas, códigos, dicas - pode ajudar muito a aumentar a memória.
23 - Use resumos. Ensine resumido. Ensine sem profundidade. Estas técnicas não são fáceis para crianças HIPERATIVIDADE, mas, uma vez aprendidas, podem ajudar muito as crianças a estruturar e moldar o que está sendo ensinado, do jeito que é ensinado. Isto vai ajudar a dar à criança o sentimento de domínio durante o processo de aprendizagem, que é o que elas precisam, e não a pobre sensação de futilidade que muitas vezes definem a emoção do processo de aprendizagem destas crianças.
24 - Avise sobre o que vai falar antes de falar. Fale. Então fale sobre o que já falou. Já que muitas crianças com HIPERATIVIDADE aprendem melhor visualmente do que pela voz, se você puder escrever o que será falado e como será falado, isto poderá ser de muita ajuda. Este tipo de estruturação põe as idéias no lugar.
25 - Simplifique as instruções. Simplifique as opções. Simplifique a programação. O palavreado mais simples será mais facilmente compreendido. E use uma linguagem colorida. Assim como as cores, a linguagem colorida prende atenção.
26 - Acostume-se a dar retorno, o que vai ajudar a criança a se tornar-se auto-observadora. Crianças com HIPERATIVIDADE tendem a não ser auto-observadora. Elas normalmente não têm idéia de como vão ou como têm se comportado. Tente informá-las de modo construtivo. Faça perguntas como: Você sabe o que fez? ou Como você acha que poderia ter dito isto de maneira diferente? ou Você acha que aquela menina ficou triste quando você disse o que disse?. Faça perguntas que promovam a auto-observação.
27 - Mostre as expectativas explicitamente.
28 - Um sistema de pontos é uma possibilidade de mudar parte do comportamento (sistema de recompensa para as crianças menores). Crianças com HIPERATIVIDADE respondem muito bem às recompensas e incentivos. Muitas delas são pequenos empreendedores.
29 - Se a crianças parece ter problemas com as dicas sociais - linguagem do corpo, tom de voz, etc - tente discretamente oferecer sinais específicos e explícitos, como uma espécie de treinamento social. Por exemplo, diga antes de contar a sua história, procure ouvir primeiro a de outroso u olhe para a pessoa enquanto ela está falando. Muitas crianças com HIPERATIVIDADE são vistas como indiferentes ou egocêntricas, quando de fato elas apenas não aprenderam a interagir. Esta habilidade não vem naturalmente em todas as crianças, mas pode ser ensinada ou treinada.
30 - Aplique testes de habilidades.
31 - Faça a criança se sentir envolvida nas coisas. Isto vai motivá-la e a motivação ajuda o HIPERATIVIDADE.
32 - Separe pares ou trios ou até mesmo grupos inteiros de crianças que não se dão bem juntas. Você deverá fazer muitos arranjos.
33 - Fique atento à integração. Estas crianças precisam se sentir enturmadas, integradas. Tão logo se sintam enturmadas, se sentirão motivadas e ficarão mais sintonizadas.
34 - Sempre que possível, devolva as responsabilidades à criança.
35 - Experimente um caderno escola - casa - escola. Isto pode contribuir realmente para a comunicação pais - professores e evitar reuniões de crises. Isto ajuda ainda o freqüente retorno de informação que a criança precisa.
36 - Tente utilizar relatórios diários de avaliação.
37 - Incentive uma estrutura do tipo auto-avaliação. Troca de idéias depois da aula pode ajudar. Utilize também os intervalos de aula.
38 - Prepare-se para imprevistos. Estas crianças necessitam saber com antecedência o que vai acontecer, de modo que elas possam se preparar. Se elas, de repente, se encontram num imprevisto, isto pode evitar excitação e inquietos.
39 - Elogios, firmeza, aprovação, encorajamento e suprimento de sentimentos positivos.
40 - Com as crianças mais velhas, faça com que escrevam pequenas notas para eles mesmos, para lembrá-los das coisas. Essencialmente, eles anotam não apenas o que é dito a eles mais também o que eles pensam. Isto pode ajudá-los a ouvir melhor.
41 - Escrever à mão às vezes é muito difícil paras estas crianças. Desenvolva alternativas.
Ensine como utilizar teclados. faça ditados. Aplique testes orais.
42 - Seja como um maestro: tenha a atenção da orquestra antes de começar. Você pode utilizar do silêncio ou bater o seu giz ou régua para fazer isto. Mantenha a turma atenta, apontando diferentes partes da sala como se precisasse da ajuda deles.
43 - Sempre que possível, prepare para que cada aluno tenha um companheiro de estudo para cada tema, se possível com o número do telefone (adaptado de Gary Smith).
44 - Explique e dê o tratamento normal a fim de evitar um estigma.
45 - Reuna com os pais frequentemente. Evite o velho sistema de se reunir apenas para resolver crises ou problemas.
46 - Incentive a leitura em voz alta em casa. Ler em voz alta na sala de aula tanto quanto for possível. Faça a criança recontar estórias. Ajude a criança a falar por tópicos.
47 - Repetir, repetir, repetir.
48 - Exercícios físicos. Um dos melhores tratamentos para HIPERATIVIDADE, adultos ou crianças, é o exercício físico. Exercícios pesados, de preferência. Ginástica ajuda a liberar o excesso de energia, ajuda a concentrar a atenção, estimula certos hormônios e neurônios que são benéficos. E ainda é divertido. Assegure-se de que o exercício seja realmente divertido, porque deste modo a criança continuará fazendo para o resto da vida.
49 - Com os mais velhos a preparação para a aula deve ser feita antes de entrar na sala. A melhor idéia é que a criança já saiba o que vai ser discutido em um certo dia e o material que provavelmente será utilizado.
50 - Esteja sempre atento às dicas do momento. Estas crianças são muitos mais talentosas e artísticas do que parecem. Elas são cheias de criatividade, alegria, espontaneidade e bom humor. Elas tendem a ser resistentes, sempre agarradas ao passado. Elas tendem a ser generosas de espírito, felizes de poder ajudar alguém. Elas normalmente têm algo especial que engrandece qualquer coisa em que estão envolvidas.
Lembre-se de que no meio do barulho existe uma sinfonia, uma sinfonia que precisa ser escrita.
http://www.scribd.com/50-dicas-de-como-lidar-com-a-hiperatividade/d/3420207
Agitação ou TDAH?
As crianças portadoras do TDAH não conseguem, sozinhas, selecionar estímulos nem manter ou mudar o foco da atenção. Muitas vezes, por falta de informação, elas são vistas simplesmente como mal-educadas ou sem limites no meio social.
Segundo a especialista em Psicopedagogia Maria Irene Maluf, o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, conhecido como TDAH, é uma síndrome que, quando diagnosticada cedo e tratada corretamente por profissionais, pode fazer parte da vida da criança sem causar sérios problemas em seu dia-a-dia. Ela afirma que é possível aprender a conviver bem com o transtorno.
Para Maria Irene, sua causa ainda não está perfeitamente definida, mas já se sabe que diz respeito a três aspectos: o biológico (que é a parte genética e hormonal), o psicológico e o social. “É um transtorno de origem biopsicossocial, ou seja, não se pode separar a causa genética da psicológica e da social. Para que a criança desenvolva o transtorno, é preciso que ela nasça com uma predisposição genética e ainda tenha uma estimulação do meio para desenvolver, em maior ou menos grau, esse transtorno”, explica.
Seus sintomas acabam fazendo com que o portador aja de forma diferente do padrão e, em alguns casos, implica também em problemas psicológicos que podem agravar o caso. As crianças com a síndrome têm muito problema em casa e na escola, muitas vezes são confundidas com crianças mal-educadas e sem limites. Antes que um diagnóstico seja feito - e, em muitos casos, até depois disto – as crianças sofrem com o preconceito dos seus educadores (pais e professores) e, por não receber o tratamento adequado, podem ter seu desenvolvimento intelectual e social retardado.
É importante ressaltar que alguns sintomas isolados não significam que a criança tenha TDAH. “É preciso que ela tenha vários deles e que os pais comparem com outras crianças para saber se esses sintomas são excessivos”, diz a especialista. “Quando a questão da desatenção e da agitação excessiva pode ser controlada pelo indivíduo ou pelo meio de modo eficaz, ao longo de várias horas e em diferentes situações, dificilmente se trata de uma criança ou um jovem com TDAH”, completa. Mas somente um profissional poderá diagnosticar se a criança é apenas agitada, com poucos limites ou se é portadora do transtorno. Entender a síndrome, suas causas e conseqüências é o primeiro passo para um tratamento bem-sucedido.
Em entrevista ao portal, a presidente Nacional da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), Maria Irene Maluf, falou sobre esse transtorno, que ainda gera muita dúvida entre pais e professores, e explicou como lidar com ele em casa e na escola.
Como é a atenção das crianças com TDAH?
Antigamente, dizia-se que as pessoas com TDAH eram desatentas, mas hoje já se sabe que é o contrário: elas hiperfocam, pegam alguma coisa e ficam horas entretidas com aquilo. Além disso, têm dificuldade de entrar e, depois, de sair de alguma atividade. Então, não é que elas não tenham uma falta de atenção; o que acontece é que essa atenção é inconsistente, ou seja, essas pessoas têm dificuldade em selecionar um estímulo. Se selecionam, daí têm dificuldade em mudar de estímulo. Existe uma dificuldade para fazer esse vai-e-vem. Imagine a seguinte situação: duas pessoas estão conversando e toca o telefone; uma delas pára, atende e depois volta ao assunto normalmente. Para quem tem TDAH, isso é muito difícil porque, depois que muda de foco, não consegue retornar sem um grande esforço. Então, o que essas pessoas não têm, na verdade, é a atenção voluntária; e já foi provado, por meio de ressonâncias magnéticas, que isso é biológico e que existe uma forma muito peculiar em como a informação é transmitida no cérebro e que justifica o fato de elas não conseguirem voltar com facilidade. É necessário o atendimento psicopedagógico e, em alguns casos, também o uso de medicamentos. A atenção dessas pessoas é inconstante. Aquela criança que nunca pára tem uma cabecinha que também não pára e, então, ela acaba sempre ficando extremamente esgotada, estressada. E é claro que alguém que está cansado e estressado tem uma paciência mais curta, por isso essa crianças acabam sendo muito reativas também: se alguém dá um peteleco, ela já sai aos tapas; é uma criança que responde, fica muito brava, entra em crises de birra porque está cansada fisicamente e também mentalmente, pois isso a esgota.
A partir de que idade é possível perceber que uma criança tem TDAH?
A criança com a síndrome tem um comportamento peculiar, que pode ser observado a partir dos 4 anos, já que nessa idade a questão da atenção e da movimentação dela já é um pouco mais definida. Ela tem uma organização motora capaz de fazê-la ficar sentada por alguns períodos quietinha ou então ter uma movimentação razoável, e também já é capaz de prestar atenção. A atenção dela começa a se estabelecer e por isso é com essa idade que a criança começa a aprender as cores, as formas, etc., até que, aos seis anos, aquela que não tem o transtorno já está alfabetizada. Os casos ficam mais aparentes aos 7 anos, quando está na primeira série. A criança sem o transtorno vai para o recreio e corre, corre, corre. Depois volta para a sala, senta-se e começa a fazer a lição. Já a que apresenta TDAH volta para a sala e continua correndo. É preciso observar a quantidade do movimento, a profundidade e a quantidade de energia que é gasta o tempo todo, pois ela não pára mesmo.
Existem crianças que tem o TDAH mas não são hiperativas? Qual a diferença entre os casos?
Sim. As meninas em geral só têm transtorno de déficit de atenção. São aquelas meninas que sentam no fundo da classe, que a orientadora nunca viu, que são tidas como superboazinhas. O problema é que elas sofrem muito. Existem também os alunos que, além do déficit de atenção, apresentam hiperatividade; e, ainda, aqueles que são extremamente impulsivos. O problema disso é que, se isso for deixado para o futuro, a hiperatividade diminui. Então, quando a criança chega aproximadamente aos 14 anos, uma determinada região do cérebro, que é responsável pela hiperatividade, fica praticamente igual tanto nos hiperativos quanto nos não-hiperativos. Já em relação à questão da atenção, se não for feito nada pela pessoa, ela vai ficar cada vez mais prejudicada, porque a atenção é uma coisa voluntária que é preciso treinar para ter e, quando a pessoa não consegue treinar esse “prestar atenção”, esse selecionar e trocar estímulo, com o passar do tempo não ganha o hábito. Podemos fazer uma comparação com “escovar os dentes”. Embora seja uma ação automática, é necessário aprender a fazer para depois fazer bem sempre.
Tem cura?
A TDAH não tem cura. Ela é como o diabete: o portador da síndrome tem de aprender a conviver com ela. O que vemos nos consultórios de psicopedagogia é que a terapia sozinha, em muitos casos, dá muito certo. Por outro lado, há uma parcela de crianças que, depois de as atendermos de seis meses a um ano, podemos constatar que realmente precisam um exame médico para que seja receitada uma medicação adequada. A partir daí, podemos trabalhar apenas para ajudar a diminuir o sintoma. Caso contrário, não há como trabalhar com uma criança que não consegue prestar atenção e não consegue parar nem um pouco. Assim, é impossível fazer com que ela aprenda as funções básicas. A criança precisa desenvolver estratégias de pensamento, como qualquer um de nós. A diferença é que conseguimos fazer isso por nós mesmos, enquanto ela precisa de um caminho para isso. E essas crianças têm condições, porque, em sua maioria, são inteligentes, mas o fato é que algumas, por razões morfológicas, não conseguem desenvolver essas estratégias e, por isso, não são capazes de planejar e de prever uma conseqüência porque, para elas, essas coisas não estão concatenadas.
O tratamento deve ser feito apenas com crianças pequenas?
Não. Agora estou fazendo um trabalho diferenciado, com jovens e adultos hiperativos que sofrem bastante porque não tiveram, no passado, tratamento nenhum e têm dificuldade para lidar com seus sintomas. Realizo também um trabalho com pais de crianças com TDAH, porque mantê-las dentro de certos limites não á fácil, e é preciso que eles entendam bem o que é o transtorno, como ele acontece morfologicamente (na fisiologia da criança) e porque elas agem daquela forma. Aí certamente fica mais fácil para todos conviverem.
Em que casos os pais devem levar a criança para fazer uma avaliação com um psicopedagogo?
Quando percebem que o seu filho é distraído demais, que ele perde muitas coisas na escola, larga o material em qualquer canto, a todo momento dá uma resposta sem muito sentido ou agressiva, fica o tempo inteiro interrompendo todos e recebem muita reclamação na escola de que ele não pára na classe, não pára de falar, que o caderno dele está muito mal cuidado ou que a letra dele é ruim. Nesses casos, é preciso que os pais avaliem se ele tem vários desses sintomas e o comparem com outras crianças para saber se esses sintomas são excessivos. Se perceberem que a criança está com esses problemas, devem buscar ajuda correndo. Se, de 4 para 5 anos, a criança não começa a se acalmar, a prestar atenção, não consegue fazer uma seqüência correta, não consegue saber os meses do ano, não consegue decorar coisas desse nível, começa a ter dificuldade de ficar sentado a não ser que seja na frente da televisão, não se entretém ou quando se entretém faz um escândalo para mudar de atividade. Os pais devem fazer uma consulta com um psicopadagogo para iniciar um tratamento.
O uso de medicamentos é indicado em quais casos?
Tem alguns casos em que você olha para a criança e é explícito que não será possível trabalhar com ela sem diminuir o sintoma. Tomar ritalina é como tomar uma aspirina, passa a dor de cabeça, mas se você tiver uma infecção ela vai passar, mas não vai curar. Normalmente quando a hiperatividade é muito alta eu faço o diagnóstico e peço aos pais que levem a criança a um neurologista ou psiquiatra infantil. Em geral eu peço que encaminhe ao psiquiatra quando percebo outras comorbidades junto porque nesses casos a eles têm o humor muito oscilante, aparecem várias síndromes juntas e por isso tem muito disléxico que também tem TDAH e muita criança que também apresentam distúrbios de ansiedade ou bipolares. Essas comorbidades complicam muito o quadro aí é preciso dar uma sustentação diferenciada nesses casos. Quando a criança vem medicada para a terapia é possível trabalhar melhor e o tratamento vai mais depressa e de uma forma mais gostosa para a criança.
E esses medicamentos causam dependência?
Não, nenhum deles. A criança pode usar por um período menor ou maior sem problemas para ela. A ritalina, por exemplo, é receitada há 15 anos. O paciente toma por aqueles anos enquanto faz terapia, depois ele aprende alguns truques para se controlar e compensar os sintomas. O problema é que alguém disse algum dia que viciava, mas é o contrário.
Quais seriam esses “truques”?
O TDAH aprende a usar uma ou duas agendas, tem sempre uma de bolso e uma na mesa ou em casa. Aprende a usar quadro de avisos em casa, aprende a usar recursos que o faça lembrar dos compromissos, desde os mais simples como o aniversário de um familiar a festa de Natal. Caso contrario eles não lembram, eles precisam ter uma organização muito grande como uma secretária particular o tempo todo. É preciso criar um estilo de vida no qual esteja submetido aos próprios horários e às próprias necessidades dele sem que outros tenham que fazer isso por ele. São pessoas que vivem com lembretes, bipes para que consigam fazer suas coisas.
Por que não é recomendado o uso de medicamentos no fim de semana?
Porque normalmente nos fins de semana a criança não é submetida a atividades formais e o efeito que se pretende com o uso desses medicamentos é ter uma condição melhor de aproveitamento na educação formal ou quando nas sessões de terapia.
Professores que trabalham com crianças que tomam medicamentos devem ter algum cuidado especial?
Não, o tratamento deve ser igual. Eu gosto que o professor saiba do uso apenas para que ele aproveite os melhores horários do remédio, porque nós sabemos quais são eles. Dessa forma o professor pode fazer naquele horário as atividades que o aluno gosta menos e por conseqüência deixar para os outros, quando ele está mais agitado, as atividades que o aluno gosta mais. Assim o aproveitamento fica maior.
Quais as principais dificuldades na aprendizagem dessas crianças?
Metade dessas crianças não chegam a ter problemas de aprendizagem ao menos no início da vida escolar. Algumas chegam a ter problemas apenas lá pela 7ª série porque muitas apesar de desatentas, ou com uma leve hiperatividade elas conseguem com aulas particulares se sair bem. O que geralmente acontece é que não prestando atenção ela vai perdendo parte do conteúdo e todo conteúdo tem um pré-requisito e chega uma hora que a “bomba” explode. É muito difícil me recordar, entre todos os meus pacientes, um que não tenha reprovado ao menos uma vez, porque uma hora tem que acertar o relógio. O relógio biológico e emocional deles correm em tempos diferentes e a escola corre em um ritmo igual para todos, então tem um momento que é preciso zerar os ponteiros e começar de novo para que eles possam acompanhar. Agora, tem uma outra porcentagem que tem dificuldade de aprendizagem em diversos graus, mas normalmente as dificuldades deles são devidas as questões práxicas, a desatenção e a hiperatividade que não permite que a criança alcance na totalidade aquilo que lhe é ensinado. A questão da atenção é básica, se você não presta atenção, você não memoriza e essa é uma as teorias que apóiam que a dificuldade que essas crianças têm em começar a falar se dá pela falta de atenção que elas têm em ver e observar a forma que os pais falam, por exemplo.
Atualmente qual é o tratamento mais indicado nos casos de TDAH?
Temos vários tipos de abordagem, uma que é usada muito, principalmente na Europa é a terapia comportamental. Com ela você trabalha em um esquema como uma norma de jogo. Não que a criança vá ganhar um chocolate cada vez que ele fizer uma coisa certa, não é isso. Funciona assim: se estamos jogando temos que seguir uma norma, caso contrário o jogo termina. Então o que é buscado com esse tratamento é fazer com que a criança entenda a vida como um jogo que tem uma norma a ser seguida. Cada vez que ele ganha, que faz uma coisa certa, a princípio ele ganha várias coisas e com o tempo você o elogia menos, dá menos atenção, mas dá intermitentemente, uma vez agora depois duas vezes não. Então começamos o trabalho assim, deixamos ele se distrair um pouco e só chamamos a atenção da criança quando realmente o caso é grave, quando está em risco ou atrapalhando muito e deixamos para elogiar quando ele está parado.
De que maneira os pais também podem contribuir com o tratamento?
No geral o que acontece é que os pais dão atenção para as crianças quando estão fazendo bagunça, quando estão quietas é que é o momento de olhar o filho, sentar com ele, conversar com ele, olhar no olho dele, pegar no colo, dar carinho, jogar com ele, a criança precisa de troca, de afeto. Isso tudo ajuda muito no tratamento das crianças com TDAH, o suporte emocional porque normalmente elas são muito carentes porque o meio não é muito simpático com elas, acabam se sentindo rejeitadas por isso o afeto em casa pode ajudar a suprir esse sentimento delas.
Que tipo de orientações podemos dar aos professores para lidar com isso em sala de aula?
Eu penso que os professores por mais preparados que eles sejam devem em primeiro lugar procurar sempre estar se atualizando (leitura, palestras, grupos de estudos). Segundo, se você recebe um aluno disléxico você tem que entender um pouco daquilo então acho muito válido o professor pedir um auxílio para seu orientador para que tenha contato com o profissional que lida com aquela criança. Tenho certeza que o profissional terá muito prazer em auxililar, passar material, dar orientações de como lidar melhor com a criança. Então essa troca é muito importante principalmente para a criança. Afinal cada profissional na sua área pode ajudar com o comprometimento que os professores e os psicopedagogos têm com a vida dessas crianças.
Por Gizáh Szewczak
http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0126B.asp
Segundo a especialista em Psicopedagogia Maria Irene Maluf, o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, conhecido como TDAH, é uma síndrome que, quando diagnosticada cedo e tratada corretamente por profissionais, pode fazer parte da vida da criança sem causar sérios problemas em seu dia-a-dia. Ela afirma que é possível aprender a conviver bem com o transtorno.
Para Maria Irene, sua causa ainda não está perfeitamente definida, mas já se sabe que diz respeito a três aspectos: o biológico (que é a parte genética e hormonal), o psicológico e o social. “É um transtorno de origem biopsicossocial, ou seja, não se pode separar a causa genética da psicológica e da social. Para que a criança desenvolva o transtorno, é preciso que ela nasça com uma predisposição genética e ainda tenha uma estimulação do meio para desenvolver, em maior ou menos grau, esse transtorno”, explica.
Seus sintomas acabam fazendo com que o portador aja de forma diferente do padrão e, em alguns casos, implica também em problemas psicológicos que podem agravar o caso. As crianças com a síndrome têm muito problema em casa e na escola, muitas vezes são confundidas com crianças mal-educadas e sem limites. Antes que um diagnóstico seja feito - e, em muitos casos, até depois disto – as crianças sofrem com o preconceito dos seus educadores (pais e professores) e, por não receber o tratamento adequado, podem ter seu desenvolvimento intelectual e social retardado.
É importante ressaltar que alguns sintomas isolados não significam que a criança tenha TDAH. “É preciso que ela tenha vários deles e que os pais comparem com outras crianças para saber se esses sintomas são excessivos”, diz a especialista. “Quando a questão da desatenção e da agitação excessiva pode ser controlada pelo indivíduo ou pelo meio de modo eficaz, ao longo de várias horas e em diferentes situações, dificilmente se trata de uma criança ou um jovem com TDAH”, completa. Mas somente um profissional poderá diagnosticar se a criança é apenas agitada, com poucos limites ou se é portadora do transtorno. Entender a síndrome, suas causas e conseqüências é o primeiro passo para um tratamento bem-sucedido.
Em entrevista ao portal, a presidente Nacional da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), Maria Irene Maluf, falou sobre esse transtorno, que ainda gera muita dúvida entre pais e professores, e explicou como lidar com ele em casa e na escola.
Como é a atenção das crianças com TDAH?
Antigamente, dizia-se que as pessoas com TDAH eram desatentas, mas hoje já se sabe que é o contrário: elas hiperfocam, pegam alguma coisa e ficam horas entretidas com aquilo. Além disso, têm dificuldade de entrar e, depois, de sair de alguma atividade. Então, não é que elas não tenham uma falta de atenção; o que acontece é que essa atenção é inconsistente, ou seja, essas pessoas têm dificuldade em selecionar um estímulo. Se selecionam, daí têm dificuldade em mudar de estímulo. Existe uma dificuldade para fazer esse vai-e-vem. Imagine a seguinte situação: duas pessoas estão conversando e toca o telefone; uma delas pára, atende e depois volta ao assunto normalmente. Para quem tem TDAH, isso é muito difícil porque, depois que muda de foco, não consegue retornar sem um grande esforço. Então, o que essas pessoas não têm, na verdade, é a atenção voluntária; e já foi provado, por meio de ressonâncias magnéticas, que isso é biológico e que existe uma forma muito peculiar em como a informação é transmitida no cérebro e que justifica o fato de elas não conseguirem voltar com facilidade. É necessário o atendimento psicopedagógico e, em alguns casos, também o uso de medicamentos. A atenção dessas pessoas é inconstante. Aquela criança que nunca pára tem uma cabecinha que também não pára e, então, ela acaba sempre ficando extremamente esgotada, estressada. E é claro que alguém que está cansado e estressado tem uma paciência mais curta, por isso essa crianças acabam sendo muito reativas também: se alguém dá um peteleco, ela já sai aos tapas; é uma criança que responde, fica muito brava, entra em crises de birra porque está cansada fisicamente e também mentalmente, pois isso a esgota.
A partir de que idade é possível perceber que uma criança tem TDAH?
A criança com a síndrome tem um comportamento peculiar, que pode ser observado a partir dos 4 anos, já que nessa idade a questão da atenção e da movimentação dela já é um pouco mais definida. Ela tem uma organização motora capaz de fazê-la ficar sentada por alguns períodos quietinha ou então ter uma movimentação razoável, e também já é capaz de prestar atenção. A atenção dela começa a se estabelecer e por isso é com essa idade que a criança começa a aprender as cores, as formas, etc., até que, aos seis anos, aquela que não tem o transtorno já está alfabetizada. Os casos ficam mais aparentes aos 7 anos, quando está na primeira série. A criança sem o transtorno vai para o recreio e corre, corre, corre. Depois volta para a sala, senta-se e começa a fazer a lição. Já a que apresenta TDAH volta para a sala e continua correndo. É preciso observar a quantidade do movimento, a profundidade e a quantidade de energia que é gasta o tempo todo, pois ela não pára mesmo.
Existem crianças que tem o TDAH mas não são hiperativas? Qual a diferença entre os casos?
Sim. As meninas em geral só têm transtorno de déficit de atenção. São aquelas meninas que sentam no fundo da classe, que a orientadora nunca viu, que são tidas como superboazinhas. O problema é que elas sofrem muito. Existem também os alunos que, além do déficit de atenção, apresentam hiperatividade; e, ainda, aqueles que são extremamente impulsivos. O problema disso é que, se isso for deixado para o futuro, a hiperatividade diminui. Então, quando a criança chega aproximadamente aos 14 anos, uma determinada região do cérebro, que é responsável pela hiperatividade, fica praticamente igual tanto nos hiperativos quanto nos não-hiperativos. Já em relação à questão da atenção, se não for feito nada pela pessoa, ela vai ficar cada vez mais prejudicada, porque a atenção é uma coisa voluntária que é preciso treinar para ter e, quando a pessoa não consegue treinar esse “prestar atenção”, esse selecionar e trocar estímulo, com o passar do tempo não ganha o hábito. Podemos fazer uma comparação com “escovar os dentes”. Embora seja uma ação automática, é necessário aprender a fazer para depois fazer bem sempre.
Tem cura?
A TDAH não tem cura. Ela é como o diabete: o portador da síndrome tem de aprender a conviver com ela. O que vemos nos consultórios de psicopedagogia é que a terapia sozinha, em muitos casos, dá muito certo. Por outro lado, há uma parcela de crianças que, depois de as atendermos de seis meses a um ano, podemos constatar que realmente precisam um exame médico para que seja receitada uma medicação adequada. A partir daí, podemos trabalhar apenas para ajudar a diminuir o sintoma. Caso contrário, não há como trabalhar com uma criança que não consegue prestar atenção e não consegue parar nem um pouco. Assim, é impossível fazer com que ela aprenda as funções básicas. A criança precisa desenvolver estratégias de pensamento, como qualquer um de nós. A diferença é que conseguimos fazer isso por nós mesmos, enquanto ela precisa de um caminho para isso. E essas crianças têm condições, porque, em sua maioria, são inteligentes, mas o fato é que algumas, por razões morfológicas, não conseguem desenvolver essas estratégias e, por isso, não são capazes de planejar e de prever uma conseqüência porque, para elas, essas coisas não estão concatenadas.
O tratamento deve ser feito apenas com crianças pequenas?
Não. Agora estou fazendo um trabalho diferenciado, com jovens e adultos hiperativos que sofrem bastante porque não tiveram, no passado, tratamento nenhum e têm dificuldade para lidar com seus sintomas. Realizo também um trabalho com pais de crianças com TDAH, porque mantê-las dentro de certos limites não á fácil, e é preciso que eles entendam bem o que é o transtorno, como ele acontece morfologicamente (na fisiologia da criança) e porque elas agem daquela forma. Aí certamente fica mais fácil para todos conviverem.
Em que casos os pais devem levar a criança para fazer uma avaliação com um psicopedagogo?
Quando percebem que o seu filho é distraído demais, que ele perde muitas coisas na escola, larga o material em qualquer canto, a todo momento dá uma resposta sem muito sentido ou agressiva, fica o tempo inteiro interrompendo todos e recebem muita reclamação na escola de que ele não pára na classe, não pára de falar, que o caderno dele está muito mal cuidado ou que a letra dele é ruim. Nesses casos, é preciso que os pais avaliem se ele tem vários desses sintomas e o comparem com outras crianças para saber se esses sintomas são excessivos. Se perceberem que a criança está com esses problemas, devem buscar ajuda correndo. Se, de 4 para 5 anos, a criança não começa a se acalmar, a prestar atenção, não consegue fazer uma seqüência correta, não consegue saber os meses do ano, não consegue decorar coisas desse nível, começa a ter dificuldade de ficar sentado a não ser que seja na frente da televisão, não se entretém ou quando se entretém faz um escândalo para mudar de atividade. Os pais devem fazer uma consulta com um psicopadagogo para iniciar um tratamento.
O uso de medicamentos é indicado em quais casos?
Tem alguns casos em que você olha para a criança e é explícito que não será possível trabalhar com ela sem diminuir o sintoma. Tomar ritalina é como tomar uma aspirina, passa a dor de cabeça, mas se você tiver uma infecção ela vai passar, mas não vai curar. Normalmente quando a hiperatividade é muito alta eu faço o diagnóstico e peço aos pais que levem a criança a um neurologista ou psiquiatra infantil. Em geral eu peço que encaminhe ao psiquiatra quando percebo outras comorbidades junto porque nesses casos a eles têm o humor muito oscilante, aparecem várias síndromes juntas e por isso tem muito disléxico que também tem TDAH e muita criança que também apresentam distúrbios de ansiedade ou bipolares. Essas comorbidades complicam muito o quadro aí é preciso dar uma sustentação diferenciada nesses casos. Quando a criança vem medicada para a terapia é possível trabalhar melhor e o tratamento vai mais depressa e de uma forma mais gostosa para a criança.
E esses medicamentos causam dependência?
Não, nenhum deles. A criança pode usar por um período menor ou maior sem problemas para ela. A ritalina, por exemplo, é receitada há 15 anos. O paciente toma por aqueles anos enquanto faz terapia, depois ele aprende alguns truques para se controlar e compensar os sintomas. O problema é que alguém disse algum dia que viciava, mas é o contrário.
Quais seriam esses “truques”?
O TDAH aprende a usar uma ou duas agendas, tem sempre uma de bolso e uma na mesa ou em casa. Aprende a usar quadro de avisos em casa, aprende a usar recursos que o faça lembrar dos compromissos, desde os mais simples como o aniversário de um familiar a festa de Natal. Caso contrario eles não lembram, eles precisam ter uma organização muito grande como uma secretária particular o tempo todo. É preciso criar um estilo de vida no qual esteja submetido aos próprios horários e às próprias necessidades dele sem que outros tenham que fazer isso por ele. São pessoas que vivem com lembretes, bipes para que consigam fazer suas coisas.
Por que não é recomendado o uso de medicamentos no fim de semana?
Porque normalmente nos fins de semana a criança não é submetida a atividades formais e o efeito que se pretende com o uso desses medicamentos é ter uma condição melhor de aproveitamento na educação formal ou quando nas sessões de terapia.
Professores que trabalham com crianças que tomam medicamentos devem ter algum cuidado especial?
Não, o tratamento deve ser igual. Eu gosto que o professor saiba do uso apenas para que ele aproveite os melhores horários do remédio, porque nós sabemos quais são eles. Dessa forma o professor pode fazer naquele horário as atividades que o aluno gosta menos e por conseqüência deixar para os outros, quando ele está mais agitado, as atividades que o aluno gosta mais. Assim o aproveitamento fica maior.
Quais as principais dificuldades na aprendizagem dessas crianças?
Metade dessas crianças não chegam a ter problemas de aprendizagem ao menos no início da vida escolar. Algumas chegam a ter problemas apenas lá pela 7ª série porque muitas apesar de desatentas, ou com uma leve hiperatividade elas conseguem com aulas particulares se sair bem. O que geralmente acontece é que não prestando atenção ela vai perdendo parte do conteúdo e todo conteúdo tem um pré-requisito e chega uma hora que a “bomba” explode. É muito difícil me recordar, entre todos os meus pacientes, um que não tenha reprovado ao menos uma vez, porque uma hora tem que acertar o relógio. O relógio biológico e emocional deles correm em tempos diferentes e a escola corre em um ritmo igual para todos, então tem um momento que é preciso zerar os ponteiros e começar de novo para que eles possam acompanhar. Agora, tem uma outra porcentagem que tem dificuldade de aprendizagem em diversos graus, mas normalmente as dificuldades deles são devidas as questões práxicas, a desatenção e a hiperatividade que não permite que a criança alcance na totalidade aquilo que lhe é ensinado. A questão da atenção é básica, se você não presta atenção, você não memoriza e essa é uma as teorias que apóiam que a dificuldade que essas crianças têm em começar a falar se dá pela falta de atenção que elas têm em ver e observar a forma que os pais falam, por exemplo.
Atualmente qual é o tratamento mais indicado nos casos de TDAH?
Temos vários tipos de abordagem, uma que é usada muito, principalmente na Europa é a terapia comportamental. Com ela você trabalha em um esquema como uma norma de jogo. Não que a criança vá ganhar um chocolate cada vez que ele fizer uma coisa certa, não é isso. Funciona assim: se estamos jogando temos que seguir uma norma, caso contrário o jogo termina. Então o que é buscado com esse tratamento é fazer com que a criança entenda a vida como um jogo que tem uma norma a ser seguida. Cada vez que ele ganha, que faz uma coisa certa, a princípio ele ganha várias coisas e com o tempo você o elogia menos, dá menos atenção, mas dá intermitentemente, uma vez agora depois duas vezes não. Então começamos o trabalho assim, deixamos ele se distrair um pouco e só chamamos a atenção da criança quando realmente o caso é grave, quando está em risco ou atrapalhando muito e deixamos para elogiar quando ele está parado.
De que maneira os pais também podem contribuir com o tratamento?
No geral o que acontece é que os pais dão atenção para as crianças quando estão fazendo bagunça, quando estão quietas é que é o momento de olhar o filho, sentar com ele, conversar com ele, olhar no olho dele, pegar no colo, dar carinho, jogar com ele, a criança precisa de troca, de afeto. Isso tudo ajuda muito no tratamento das crianças com TDAH, o suporte emocional porque normalmente elas são muito carentes porque o meio não é muito simpático com elas, acabam se sentindo rejeitadas por isso o afeto em casa pode ajudar a suprir esse sentimento delas.
Que tipo de orientações podemos dar aos professores para lidar com isso em sala de aula?
Eu penso que os professores por mais preparados que eles sejam devem em primeiro lugar procurar sempre estar se atualizando (leitura, palestras, grupos de estudos). Segundo, se você recebe um aluno disléxico você tem que entender um pouco daquilo então acho muito válido o professor pedir um auxílio para seu orientador para que tenha contato com o profissional que lida com aquela criança. Tenho certeza que o profissional terá muito prazer em auxililar, passar material, dar orientações de como lidar melhor com a criança. Então essa troca é muito importante principalmente para a criança. Afinal cada profissional na sua área pode ajudar com o comprometimento que os professores e os psicopedagogos têm com a vida dessas crianças.
Por Gizáh Szewczak
http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0126B.asp
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